quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Sinopse
A "Águia-de-cabeça-branca" ou "Águia-Americana" é conhecida como o simbolo nacional dos Estados Unidos, sendo estampada como figura no grande Selo Oficial do Congresso Americano, incluindo o selo do Presidente dos Estados Unidos...
Mas e se um dia esse Simbolo voltasse contra a sua nação?
Inspirado nos grandes sucessos do cinema como Jurassic Park, Godzilla e King Kong, vem aí ÁGUIA ASSASSINA, um livro de ficção, terror e aventura que vai te prender do princípio ao fim.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Prólogo
Um velhote franzino e desengonçado, trajando uma veste semelhante a uma túnica, que um dia fora branca, mas que no momento estava cor de terra, carregando um imenso ovo entre os braços com muito esforço, encolheu-se e enfiou-se dentro de um buraco estreito, situado em um ponto de uma montanha.
Lá dentro era oco e formava uma espécie de sala, onde na verdade era o laboratório desse velhote tristonho, chamado Rude... cientista Rude.
O laboratório era simples, nada muito sofisticado, com algumas prateleiras aqui e outras ali. E notava ser um laboratório improvisado, montado de última hora, pelo fato de existir materiais espalhados pelo chão, além de alguns enfiados em sacos pretos e que ainda não haviam sido retirados.
As prateleiras chegavam ao teto, sendo que o interior daquela caverna não era muito alto. Tinha cerca de dois metros e meio. E havia ali dentro um cheiro nauseante: uma mistura de terra molhada com inseticidas. E havia também uma escada móvel de alumínio encostada num canto, que necessariamente esse cientista precisava — já que era baixo, devendo ter no máximo um metro e meio — para pegar algum dos materiais de uso que ocupavam-nas. Livros grossos e empoeirados, alguns frascos contendo líquidos coloridos e outros utensílios estranhos, porém tudo muito bem organizado.
Também havia um suporte em um canto próximo as prateleiras, servindo de apoio para um microscópio empoeirado.
Esbaforido, Rude repousou cautelosamente o ovo em uma mesa retangular, forrada por folhas secas e gravetos, onde em cima, no teto, existia uma lâmpada com formato de cilindro, que fora uma de suas criações, gerada por meios de raios solares, que mesmo estando à noite, podiam continuar acesas, graças a um método de armazenamento de luz. E não demorou muito, o ovo começou a trincar sobre a mesa de pesquisas.
Rude levou um baita susto ao ver que o ovo rachava vagarosamente, com algum ser lá dentro tentando se libertar. O cientista nem piscava. Entrou em transe quando viu o que se encontrava já fora do ovo. Ao mesmo tempo, ficou espantado e impressionado.
Era um filhote de Águia-americana[1], sendo que não era um filhote comum, pois media aproximadamente meio-metro. Mas fora isso, aquele pássaro tinha todas as características específicas de uma Águia, sendo tão linda e esplêndida.
Rude soltou um riso e exclamou perplexo:
— Meu Deus! Como é que pode?
Mas, de súbito, empalideceu ao ver um detalhe espantoso naquele filhote, além de seu tamanho demasiado. Aquele ser, apesar das meras semelhanças com a espécie Haliaetus leucocephalus, já nascera possuindo garras extremamente afiadas. E elas se moviam lentamente, banhadas por um líquido baboso e, além disso, o observava com aqueles olhos austeros. Só aí então que ele pode notar que aquela Águia não era de uma espécie comum.
Rude deu um passo para trás, quando viu que aquela ave, mesmo pequena, levantava as asas, permanecendo em pé sem nenhum esforço sobre a mesa de pesquisas. E olhando aterrorizantemente para ele, abriu um enorme bico.
Não deu tempo nem para o cientista correr, a Águia voou sobre o pescoço dele.
[1] Haliaeetus leucocephalus (nome científico) também conhecida por águia-careca ou águia-de-cabeça-branca. Ela é uma águia nativa da América do Norte e o símbolo nacional dos Estados Unidos da América. Facilmente reconhecida pela cabeça, pescoço e cauda brancos, enquanto que a maior parte do corpo apresenta penas marrons.
sábado, 9 de junho de 2012
Degustação do primeiro capítulo
Imagem criada pela parceira e blogueira Jéssica Resende
Bom pessoal, pensei bem e resolvi compartilhar com vocês o primeiro capítulo do livro, no momento em que os personagens principais Hilary e Ygor se conhecem. É só mesmo para despertar a curiosidade de vocês. Mas a coisa começar a ficar agitada mesma só mesmo a partir do quarto capítulo e isso vocês só poderão conferir ao adquirir o livro.
Lembrando que vocês devem ler o prólogo primeiro que encontra nesse blog. Pelo que tenho observado, as pessoas não estão lendo o prólogo e é de total importância.
Espero que gostem e deem uma nota sobre a minha forma de narrativa. Qualquer critica será muito bem vinda.
Até mais e boa leitura!
CAPÍTULO 01
— Alô! —
atendeu ao telefone, um rapaz robusto, moreno claro, olhos puxadinhos e pretos,
cabelo com um corte de militar e também preto, debaixo de um edredom estampado
por símbolos japoneses, vestido apenas de cueca boxe. Ele conversava
sonolentamente, com os olhos ainda cerrados.
— Ygor,
filhinho! Já arrumou o seu quarto? Não quero saber de bagunças aí em casa,
hein? — falou uma voz de mulher do outro lado da linha.
— Ô mãe, eu
acordei agora mesmo...
— Você não
levou mulher aí pra casa, não é?
— Não... Ô mãe,
onde você tá, afinal?
— Estou aqui no
Times Square[1]
te esperando para a excursão como havíamos combinado. Você se esqueceu?
Peraí... não acredito que você não se arrumou ainda Ygor?
— Nossa, mãe,
eu esqueci! — sobressaltou o rapaz, pulando de sua cama — E agora, o que eu vou
fazer? Será que dá tempo ainda?
— Seu
irresponsável! Nunca poderia esperar isso de você...
— Calma mãe, dá
tempo ainda.
— Se você se
apressar, quem sabe, né?
— Então tchau,
mãe - terminou o rapaz, metendo abruptamente o telefone no gancho.
— Droga! Eu
ainda coloquei a porcaria desse celular pra despertar — resmungou Ygor, olhando
furioso para um smartphone próximo ao
telefone fixo que havia conversado com a sua mãe, sob a mesinha de cabeceira. —
Eu devia jogar essa porcaria pela janela — ele pensou bem e sorrindo, disse —
Ou melhor, não devia não. Tenho contatos valiosos nesse celular.
Ygor só tinha
meia hora para se arrumar. Correu para o banheiro todo desequilibrado,
derrubando tudo pela sua frente. Por lá escovou os dentes e molhou o rosto na
água fria do lavatório. Voltando ao quarto, vestiu uma regata vermelha e uma
calça jeans, cujo se esqueceu de fechar o zíper. E ainda com o guarda-roupa
aberto, pegou a sua colônia favorita, espremendo alguns jatos pelo corpo. Ele
aproveitou ainda e enfiou de qualquer jeito algumas peças de roupa dentro de
uma mochila. Em seguida, agachou-se para pegar um par de tênis esportivo e calçou-os.
Sem tempo nem para tomar café, ao passar pela cozinha, devorou uma banana que
estava sobre a mesa numa fruteira, deixando a casca por ali mesmo. Comeria
alguma coisa no caminho. Depois, saiu do apartamento e entrou no elevador a
mil.
Para sua surpresa,
viu que dentro do elevador estava a garota mais linda de seu colégio: Hilary
Steven, filha de um dos empresários mais milionários de Nova York.
Não era exagero dele, Hilary era uma bela
jovem de cabelos lisos, compridos e negros; pele clara, como a de uma boneca de
louça; olhos verdes; seios médios, combinando com seu corpo escultural de 1,68 metros . Isso, sem
falar no seu jeito meigo de ser. Ele ficou todo sem jeito e ainda, quando viu
que seu zíper estava aberto, todo envergonhado, fechou-o.
A garota tomou
a iniciativa e, com um risinho no rosto, suavemente lhe cumprimentou:
— Oi!
— Oi, tudo bem?
— respondeu ele, ainda muito sem-graça.
— Tudo. E você?
— To bem. Só um
pouco apressado.
— Ah é? Você
está indo viajar?
— Sim — balbuciou
o rapaz, enquanto o visor numérico do elevador ia diminuindo a cada andar
percorrido, sem que ninguém entrasse. — Vou com minha mãe para uma ilha aí,
fazer uma excursão.
— Tá, mas que
dia você volta? — perguntou a moça, inclinando ligeiramente para mais próximo
do rapaz, apertando os olhos cintilantes.
— Eu não sei te
dizer — respondeu ele, estranhando a pergunta de Hilary, embora seu coração se
alegrasse — Quando minha mãe sai para essas excursões, ela costuma ficar por lá
uns três, quatro dias no máximo.
— Sei. Que pena!
É porque amanhã irei fazer uma festa em minha casa, para comemorar o meu
aniversário de dezoito anos. Inclusive eu vim a este prédio, porque tenho uma
amiga que mora no décimo segundo andar e vim convidá-la pessoalmente. Nós
fizemos aula de balé juntas e há muito tempo não a via. Ela se chama Victória,
conhece?
— Na verdade
não — respondeu o rapaz coçando a cabeça.
— Então, eu
pedi ao meu irmão para te dar o convite, já que vocês jogam futebol juntos e
frequentemente se vêem. — E lendo nos olhos de Ygor ela concluiu — Ai... eu não
acredito que ele não lhe entregou!
Ygor notou que
Hilary ficara ligeiramente nervosa e pode perceber que isso a deixava mais
bela.
— Não. Ele não
me falou nada não.
— Eu mesma que
devia ter te entregue o convite. Sabia que não podia contar com o imbecil do
meu irmão. Mas se você voltar amanhã e quiser ir lá, a festa começará às dez da
noite.
— Dez da
noite... Dez da noite!
— O que foi?
Você vai ficar aí? A porta do elevador já abriu.
— Ahn? Ah, é
mesmo! – respondeu o rapaz, desconcertado.
Hilary tampou a
boca com a mão, abafando o riso.
Saíram os dois
em silêncio do prédio e sobre a calçada, onde passavam pessoas muito apressadas
a ponto de atropelá-los, tratando de estarem no centro de Nova York, Hilary
perguntou a meio ao som de buzinas de automóveis, sirenes da policia e vozerio
dos pedestres:
— Você está de
carro?
— Não. O meu
está no conserto.
— É mesmo? O
que houve com ele?
— Hã...Bem, na
noite passada eu estava vindo de uma festa em um sítio. Daí, um cavalo
atravessou na minha frente. Então, para não atropelá-lo, acabei batendo em uma
árvore.
— Nossa! Você
se machucou? — ao fazer a pergunta, uma brisa soprou os
cabelos sedosos de Hilary para o seu rosto. Logo ela os desvencilhou para o
dorso, prendendo algumas mechas pra trás das orelhas delicadas.
— Graças a Deus
que não. Só que o carro amassou legal, viu.
— Ô meu
Deus!... E você pretende chegar aonde com pressa e a pé? Se você quiser, o meu
carro está estacionado logo ali, poderei te dar uma carona.
Ygor pensou
muito em dar uma resposta instantânea. O convite era bastante tentador, porém
em seu íntimo surgiu uma nova opção.
— Não, eu
agradeço... mas acabei de mudar de ideia aqui.
— Como
assim?
— Não irei mais
a excursão alguma com minha mãe. Já não estava muito a fim de ir, sabe? Passar
o dia no meio do mato deve ser um tédio. Então, prefiro ir a essa sua festa que
com certeza irá bombar.
— Êêêêêêêê!
Hilary começou
a bater palminhas de felicidade. Mas ao se sentir corar com aquela atitude
infantil parou de imediato. Logo, perguntou, retornando a postura de uma jovem
madura.
— Mas e sua
mãe, Ygor? Será que ela não irá ficar aborrecida com você, hein? Olha, eu não
quero estragar um programa entre mãe e filho. Longe de mim.
— Não se
preocupe. Vou ligar pra ela avisando que não vou mais. Ela irá compreender.
— Já que é
assim, vou contar com a sua presença lá, ok?
— Pode deixar
que vou ser o primeiro a chegar.
Ygor ficou
parado alguns instantes, vendo a garota dos seus sonhos caminhar até seu carro
que estava estacionado a poucos metros dali. Pensou e pensou, já imaginando a
bronca que tomaria de sua mãe pelo telefone. Sentia-se um tanto arrependido por
ter preferido ir a uma festa de última hora — mas que seria única, se tratando
de ser o aniversário de dezoito anos da irmã de seu amigo que tanto balançava
seus sentimentos — e não de ir àquela excursão planejada com muito carinho por
sua mãe. Continuou pensando um pouco e finalmente disse para si mesmo,
decidido:
— É, minha mãe
que me perdoa, mas nunca que eu perco um festão desses!
Assim como
ocorreu a Ygor naquela manhã, poderia ocorrer com qualquer pessoa em qualquer
momento do dia. Isso se chama “escolhas”. A nossa vida gira em torno de
escolhas, desde o momento em que acordamos até o momento que vamos dormir. É
cada indivíduo quem decide que após ouvir o barulho irritante do despertador
irá trabalhar ou não, quem decide se no café da manhã irá querer torrada com
geléia ou com patê; leite ou suco. Quem decide também se no almoço irá querer
algo mais leve, do tipo uma salada ou algo mais gorduroso como um bife volumoso
e suculento acompanhado por batatas fritas. Ygor fez a escolha dele. Decidiu ir
à festa de aniversário da irmã do seu melhor amigo, a quem tanto balançava o
seu coração ao invés de ir ao encontro com sua mãe para um programa planejado
há dias. Porém teria feito a escolha certa? Bom, isso só os dias poderiam
dizer. Mas mal podia imaginar que aquela escolha mudaria pra sempre a sua vida.
[1]
Famosa avenida de Nova York, sendo
melhor definida como um grande largo, composto por vários cruzamentos e
esquinas.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
CAPÍTULO 02
— O táxi está
nos esperando, Diana! – disse um homem com reverência.
Diana era a mãe
de Ygor, Diana Campbell. Além de ser uma mulher segura, que apesar de ter seus
quarenta e nove anos, porém não demonstrava tê-lo, devido a sua boa forma. Tinha
a pele morena clara, cabelo curto e preto e o rosto redondo como uma lua cheia,
os olhos castanhos claros e brilhantes, que ao contrário do filho, a única
semelhança entre ambos era a boca. Tinham bocas grandes, mas bonitas.
— É, James! Meu
filho acabou de me ligar, avisando que não vem mais não. Aquele malandro!
Esse era o
senhor James Mason, um grande amigo de Diana. De cabelos grisalhos, pele bronzeada
e ligeiramente enrugada pela idade, tendo cinquenta e um anos, olhos azuis como as águas de uma piscina e muito sorridente.
— Não esquenta
não! Os jovens de hoje não querem mais saber de andar com os pais. Aposto
que surgiu uma festinha pra ele ir e por isso desmarcou com você. Mas o que
você tem a fazer, Diana, é pensar em si mesma — apalpando com carinho os ombros
da amiga, James continuou — Tão linda! Você tem mais é que aproveitar a vida,
esquecendo um pouco de seu filho e pensar nesse passeio que tenho certeza que será
inesquecível. Agora, alegra-se!
— Eu, linda? —
Diana soltou uma gargalhada jubilosa e pegando em uma das mãos do amigo,
continuou — Sabe, James, você tem toda a razão. Olha, eu não sei o que seria da
minha vida se não tivesse te conhecido.
Ao ouvir
aquelas palavras sinceras da amiga, a expressão no rosto de James tornou-se
exultante e em seguida ele disse:
— Me dê a sua
mão e vamos para o taxi que está nos aguardando. Tem um jatinho pra eu pilotar
daqui a pouco e também não vejo a hora de chegar a tal ilha.
Diana entrou no
táxi: um conversível branco; sentou-se ao lado da janela e olhou para fora, com
uma mínima esperança de que seu filho tivesse mudado de ideia. Por dentro,
queria mesmo era que ele fosse junto com ela. Mas aos poucos se conformou,
porque sabia que ele não viria mais. Afinal, sorriu sentada ao lado de seu
grande amigo.
Diana e James eram
parceiros na amizade e no trabalho. Trabalhavam com turismo, fazendo excursões
por várias partes do mundo. E chegando a uma pista de voo, os dois se depararam
com cinco turistas que os aguardavam apreensivamente. Ambos embarcariam num
jatinho de turismo, onde o piloto seria o próprio James.
— Hei, vocês
demoraram — chiou uma mulher loira e muito elegante, aparentando ter uns trinta
e poucos anos.
—
Desculpem-nos. Mas... — disse Diana conferindo o relógio sobre o pulso —
estamos atrasados um minuto.
— Estão todos
aqui? – perguntou James.
— Toda a equipe
do jornal... – checou Diana, correndo os olhos em cinco pessoas demasiadas de
acessórios para produção de tevê — Espere. Ta faltando o casal de
universitários.
— Casal de
universitários? Eu pensei que essa excursão era de exclusividade a equipe do
meu jornal — retorquiu a loira.
— Ali vêm eles
— disse Diana, apontando com os olhos um jovem casal de namorados que vinha
caminhando abraçados tranquilamente e carregando cada qual uma mochila nas
costas. O rapaz, armado com um sorriso, abanava a mão para o grupo. Ao contrário
do rapaz, a moça tinha o rosto menos expressivo e nem sequer cumprimentou
ninguém.
— E aí galera.
Beleza?
—Vai ficar
beleza quando já estivermos nessa ilha – respondeu a loira, dando uma girada de
cabeça, deixando os cabelos loiros e sedosos esvoaçarem — Agora, por favor,
podemos ir?
Finalmente,
todos entraram em um jatinho antigo, porém conservado, pertencente ao senhor
James. Ambos estavam ansiosos para conhecerem tal ilha, a fim de explorarem-na e
em busca de novas descobertas, que ninguém conseguiu encontrar. Entre eles,
estava uma equipe de produção de jornalismo, que faria uma matéria no local, e
o casal de estudantes que faria uma pesquisa para a faculdade. O que eles
sabiam a respeito era que aquela Ilha causou um alvoroço no mundo todo, por
seus mistérios escondidos. A mídia ficou em cima disso por um bom tempo, até
que calara totalmente. Era esse o motivo principal, que levava esses turistas a
conhecerem essa ilha. Mas mal podiam imaginar o que os aguardariam.
Dentro do
jatinho, além de Diana e James, estavam mais seis pessoas, que eram os
turistas.
Formando a
equipe de um jornal de Nova York estavam:
San, o cameraman — um homem atrapalhado e um tanto engraçado, com o cabelo negro de aparência molhada colado na cabeça por gel, e que não sossegava nunca, mexendo daqui e dali em sua câmera profissional a todo o instante.
Brian — um mulato forte, parecendo um lutador de boxe, que com sua força física se encarregaria de carregar os equipamentos.
Stephany: a jornalista — a loira que há minutos aguardara Diana ansiosamente na pista de embarque, chegando ao extremo de pegá-la pelo cabelo pelo fato de ter atrasado um minuto para o voo. Esta tinha um jeito sexy de vestir, de andar e até mesmo de falar.
Mário, também jornalista — usava um cavanhaque e era conversador; de origem brasileira, foi morar nos Estados Unidos aos quinze anos e por lá ficou até hoje, tendo recentemente vinte e seis anos, seguindo essa carreira que amava.
Emily, fotógrafa, mas que também servia a equipe como colaboradora — uma morena não tão bonita, por ser meio desleixada, a começar pelo seu cabelo que estava amarrado pra trás formando um rabo de cavalo, e que não fazia questão de se maquiar, além de se vestir muito mal. Usava uma camisa que não combinava nada com a sua longa saia, chegando ao joelho.
San, o cameraman — um homem atrapalhado e um tanto engraçado, com o cabelo negro de aparência molhada colado na cabeça por gel, e que não sossegava nunca, mexendo daqui e dali em sua câmera profissional a todo o instante.
Brian — um mulato forte, parecendo um lutador de boxe, que com sua força física se encarregaria de carregar os equipamentos.
Stephany: a jornalista — a loira que há minutos aguardara Diana ansiosamente na pista de embarque, chegando ao extremo de pegá-la pelo cabelo pelo fato de ter atrasado um minuto para o voo. Esta tinha um jeito sexy de vestir, de andar e até mesmo de falar.
Mário, também jornalista — usava um cavanhaque e era conversador; de origem brasileira, foi morar nos Estados Unidos aos quinze anos e por lá ficou até hoje, tendo recentemente vinte e seis anos, seguindo essa carreira que amava.
Emily, fotógrafa, mas que também servia a equipe como colaboradora — uma morena não tão bonita, por ser meio desleixada, a começar pelo seu cabelo que estava amarrado pra trás formando um rabo de cavalo, e que não fazia questão de se maquiar, além de se vestir muito mal. Usava uma camisa que não combinava nada com a sua longa saia, chegando ao joelho.
Havia também um
jovem casal de estudantes universitários, que partiram naquela viagem para
fazerem um trabalho que valeria muitos pontos, envolvendo suas tão sonhadas
profissões: geógrafos. Seus nomes eram:
Nathalie — com seus dezenove anos, era muito bonita, o cabelo tingido de vermelho intenso batendo na cintura, a pele clara e olhos verdes-esmeralda. E Thomas, o namorado de Nathalie — de vinte e um anos, ainda não aparentava ter barba, parecia um modelo de tão bonito que era, mas o que atrapalhava nele era certa expressão de crítica que tinha no rosto. Ambos não cansavam de se beijar.
Nathalie — com seus dezenove anos, era muito bonita, o cabelo tingido de vermelho intenso batendo na cintura, a pele clara e olhos verdes-esmeralda. E Thomas, o namorado de Nathalie — de vinte e um anos, ainda não aparentava ter barba, parecia um modelo de tão bonito que era, mas o que atrapalhava nele era certa expressão de crítica que tinha no rosto. Ambos não cansavam de se beijar.
Já em altitude,
James pilotava o jatinho, pertencente a seu pai, tranquilamente. Ele acreditava
que a memória de seu pai estava sempre fixa e presente naquele jatinho e que
nenhum outro, fosse ele o mais moderno e sofisticado que fosse, poderia
substituí-lo. A fé que carregava naquela herança deixada pelo falecido era muito
grande, e se algo acontecesse a este, viria a sofrer bastante. Pois nesses
trinta anos de trabalho, o avião passou apenas por pequenos reparos e o tempo
parecia conservá-lo cada vez mais, talvez devido ao cuidado especial e ao zelo
recebido de seu mais novo dono.
James, desde
pequeno, sempre amou aviões. O seu pai, que faleceu quando ainda era criança,
era aviador. Pode ter sido esse o motivo que despertou esse interesse nele de
seguir a profissão do pai. O que importava era que, com aquele par de olhos
azuis, ele estava sempre ali, atento, diante do painel de controle do avião.
Talvez, vivesse uma vida solitária, quando não estava em serviço, já que nunca
havia casado e muito menos, tido filhos. Não que ele seja um homem sem amor,
muito pelo contrário, James possuía um amor muito grande por seus animais. Na
casa dele havia três cachorros, sendo um Pastor Alemão e dois vira-latas. O que
não implica que não tenha seus relacionamentos, sobretudo, nenhum fixo. O que
acontece é que o coração dele, em seu peito, batia forte por uma pessoa
próxima, desde o tempo de colégio, mas que até então não tinha sido
correspondido, tendo passado por diversas desavenças. E esta pessoa estava mais
próxima do que ele imaginava.
Depois de
algumas horas de voo, guiado por um GPS, James avistou uma ilha montanhosa e
não teve dúvidas de que era a que tanto procurava. Diante de seus olhos, via lá
embaixo um pedaço de terra, cercado por árvores de todas as espécies. Era uma
ilha muito bonita, por sinal. Tudo tão verde, tão fascinante. Admirado, disse
baixinho:
— É aqui mesmo! Chegamos.
Ventava muito,
o que dificultava um pouco a James de encontrar um lugar seguro para aterrissar
o avião. Teria que arrumar um lugar plano, porém não conseguia localizar. Em um
momento, ele avistou atrás de umas árvores, um local que parecia ser adequado
para a aterrissagem. Ele arriscou certo de que em instantes estariam no chão.
Mas, um susto ocorreu, deixando todos dentro do avião em pânico. O avião batera
sobre a ponta de uma árvore, fazendo com que um suor descesse da testa de
James.
Diana tentava
acalmar os turistas, estando ela, talvez, até mais nervosa que eles.
Passando as
árvores, James deparou com um susto maior ainda. Não havia como aterrissar o
avião naquele lugar que imaginava ser acessível. Próximo dali, existia um
rochedo. O avião já estava muito baixo e seguia rumo aquele paredão de rocha.
Se ele não fizesse algo, todos morreriam. Mas como James era um piloto de mão
cheia, com muito esforço conseguiu inclinar o avião para cima, conseguindo
escapar por pouco daquele rochedo. Aliviado, agradeceu a alma do pai pela
benção recebida. Então, ele notou que por trás daquele rochedo que haviam
milagrosamente escapado, havia um lugar plano, de mata rasteira; e o
impressionante era que não havia nenhuma árvore por lá. Sorrindo, falou:
— Agora,
poderei aterrissar sem medo.
Então, pousou o avião, dessa vez, sem nenhum
esforço.
Todos já haviam
perdido o susto. Stephany, quebrando a tensão que permanecera vagando na
atmosfera, perguntou:
— Morremos e
estamos no céu?
— Espero que sim — respondeu San.
— Espero que sim — respondeu San.
Diana,
preocupada com James, foi até a cabine vê-lo:
— Você foi um
herói, James!
— É. Por um
momento, imaginei que iríamos morrer.
Os dois saíram
do avião e quando os turistas avistaram James, foram de uma vez só perguntando:
“O que
aconteceu?”
“O que foi
aquilo?”
“Como é que
você fez?”
— Gente...
acalmem-se! Nem eu sei bem o que aconteceu, foi tudo tão rápido. Eu só pensava
que tinha que fazer alguma coisa, senão morreríamos. Só sei que se não tivesse
conseguido desviar o avião a tempo daquele rochedo, estaríamos agora todos
mortos.
— Galera, já
que está tudo bem, vamos esquecer isso. Lembrem-se que viemos aqui foi para
explorarmos a ilha e não, ficarmos aqui conversando. Temos muita coisa a fazer
pela frente, não é? — falou Diana.
— É isso aí! —
concordou Brian. — E eu terei que carregar todo esse peso, não é mesmo. — Ele
se referia aos equipamentos de jornalismo, além das barracas desarmadas que
seriam montadas no lugar escolhido, do qual serviriam como proteção do sol para
alimentos, água e acessórios.
— Mas antes...
— todos voltaram a atenção em Diana — queria dar uma palavrinha com vocês.
— Diga, senhora
Campbell – disse Mário com reverência.
— Obrigada,
Mário! Bom, o que eu tenho a dizer é breve, nada que irá tomar o longo tempo
que teremos pela frente. É o seguinte: sei que alguns aqui presentes como o
Mário e a Stephany — os dois citados fitaram Diana atentamente, ambos com as
testas franzidas — já nos acompanharam antes em outras excursões para vários
pontos do planeta. Já viajamos antes para a Amazônia, não foi?
Ambos
confirmaram com a cabeça. Mário deu um suspiro que demonstrara saudade.
— Sim, a minha
terra natal.
— Exato.
Certamente os dois já devem ter falado com vocês sobre a minha forma séria de
seguimento, onde me entrego de corpo e alma ao que eu faço: a minha profissão.
No entanto, existe um pequeno detalhe nessa excursão que se diferencia das outras.
Sei que já deixei isso bem claro antes de partirmos, mas repito que nessa
excursão, em especial, estarei me misturando a vocês como uma turista. Porque
que nem vocês, esta é a primeira vez que eu e James pisamos nesta ilha. Então, tudo aqui pra mim também é muito
novo. Todos aqueles rumores da mídia, acredito
que são apenas rumores. E assim como vocês, tenho as minhas dúvidas de que o
governo americano tentara nos calar da verdade. E confesso estar muito curiosa
em desvendar esse mistério, levar alguma novidade para o povo americano com a
nossa volta. Ressalto ainda que além de minha profissão atual como guia
turística, que nessa excursão infelizmente não ajudará muito, também sou
formada pela Harvart[1]
em biologia e geografia, tendo amplos conhecimentos sobre animais, aves, plantas
e todos os tipos de vegetações. Então quaisquer dúvidas que tiverem ao longo de
nossa jornada por essa ilha podem me perguntar sem hesitar, pois se tiver ao
meu alcance, terei o prazer em responder.
— Eu não hesitarei
em perguntar nadinha — murmurou San.
— Você não tem
que perguntar nada, imbecil — desdenhou Stephany — Lembra-se que você está aqui
apenas a filmar, mais nada. Seu único trabalho é segurar essa câmera e deixar
que eu e o Mário fazemos as perguntas, ok? Ou você se esqueceu quem são os
jornalistas aqui? — aproximando de San, a jornalista que além de sexy, demonstrou
ter um comportamento venenoso, ergueu o dedo indicador no rumo do rosto do
homem, sussurrando — Não se esqueça que fiz um favor pra sua esposa arrumando
esse emprego pra você, e do mesmo jeito que te coloquei nesse cargo, poderei te
tirar com um simples estralo de dedo.
TREC.
San ouviu o estralo de dedos próximo ao seu ouvido e enrubesceu diante dos colegas, permanecendo cabisbaixo.
San ouviu o estralo de dedos próximo ao seu ouvido e enrubesceu diante dos colegas, permanecendo cabisbaixo.
— Nós também
iremos fazer muitas perguntas, senhora Campbell. Eu e minha namorada — disse
Thomas, entrelaçando a namorada e lhe beijando o rosto — Estamos estudando para
biólogos.
— Ah é? Isso é
bom — Diana pestanejou, estudando rapidamente o rapaz que trajava uma roupa de
grife, mesmo tendo se embrenhado numa ilha. Concluiu ser um desses mauricinhos
que o pai banca a faculdade, além de sustentar com uma farta mesada — E por
acaso você estuda na Harvard?
— Sim —
respondeu o rapaz altivo. — Eu e minha namorada.
A moça deu um
sorriso forçado.
Dessa vez,
Diana avaliou o casal, suspeitando por suas expressões de que não tivessem
levando nada a sério o árduo da faculdade. Virando-se para os outros, disse:
— Bom, acho que
isso é tudo. Espero que essa excursão fica pra história. Desejo a vocês
jornalistas, uma matéria formidável sobre essa ilha. E ao casal — Diana
pronunciou “casal” com entonação no momento que presenciara o rapaz apalpando o
bumbum da namorada — Entendo muito bem que são jovens e estão com os hormônios
a mil. Mas se querem mesmo fazer uma boa apresentação na classe, prestais mais
atenção ao que circula a suas voltas e deixam o momento de acasalamento para
outro momento.
O casal voltou
a se comportar prudentemente ao comentário da guia, mas não ligaram muito ao
fato, continuando com a mesma naturalidade.
— Ah, e só mais
uma coisa... — lembrou-se Diana.
— O que mais falta
pra essa mulher falar? — cochichou Nathalie no ouvido do namorado, que finalmente
demonstrou uma capacidade mútua de além beijar, também falar, mesmo que
acompanhado por um muxoxo.
Sardônico,
Thomas também soltou um muxoxo, abraçando a namorada por trás.
—... Bem, em todas as excursões que eu,
juntamente com James fazemos, — os dois se entreolharam, correspondendo com um
sorriso — a gente faz uma oração a Deus pedindo a sua proteção. A gente sempre
faz a oração antes do voo, assim que vamos embarcar. Porém eu e James esquecemos...
Deus que nos perdoe! Sei também que isso não implica o fato de termos quase
morridos a bordo — Diana não conseguiu repreender um riso e nem os demais.
Ignorando alguns comentários, continuou — Mas agora que me lembrei, não nos
custa nada fazer uma corrente numa oração pedindo a proteção divina e que tudo
ocorra bem conosco esses dias que formos passar nessa ilha. Por que tudo aqui é
um mistério e não sabemos o que iremos encontrar pela frente, não é mesmo?
Então todos deem as mãos e vamos rezar uma Ave-Maria.
Sobre
contragostos de uns e devoção de outros, por fim o grupo deu-se as mãos e sequencialmente rezaram a oração imposta por Diana, debaixo de um sol cintilante
que anunciava chegar ao meio-dia. No entanto, sequer imaginavam que um ser com
uma visão extraordinária, capaz de enxergá-los perfeitamente há dezenas de
metros os observavam perigosamente.
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[1]
Uma das instituições
educacionais mais prestigiadas do mundo, bem como a mais antiga instituição de
ensino superior dos Estados Unidos.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Personagens principais:
- Hillary: linda jovem, filha de uns dos homens mais rico dos Estados Unidos, o Alejandro, que ao completar 18 anos, descobre uma grande paixão. Mas que irá passar também por grandes turbulências em seu caminho.
- Ygor: o másculo e corajoso jovem de 21 anos, irá lutar com unhas e dentes para proteger a sua amada das garras da terrível Águia.
- Patrick: o jovem mauricinho de 19 anos e também irmão de Hillary. Tem tudo o quer, pois pra ele dinheiro não é problema... no entanto terá o destino abalado com a chegada da "voadora assassina", onde precisará mudar seus princípios se quiser continuar vivo.
- Jéssica: jovem de 19 anos, filha do tenente George e prima de Hillary. Quem vê a sua beleza exposta não imagina o "monstro" que existe dentro. Alimentada de ódio e inveja.
- Tenente George: um homem muito corajoso que já encarou muitas missões pelo caminho. Porém nada comparada pelo que vem pela frente.
- Mary: esposa do T. George, é a vaidade em pessoa.
- Anthony: cujo sobrenome é Mistério.
- Águia Assassina: não posso esquecer dela que mesmo não sendo personagem humano, é a peça principal da história... Perigosa, muita perigosa, cujas armas são suas tenebrosas imensas garras, não descansará enquanto não botar o fim a quem sempre serviu de simbolo nacional: os Estados Unidos.
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